Alimentação, Nutrição e Informação

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O AÇÚCAR AO SEU REDOR




A sua forma mais reconhecida surge da garapa da cana misturada a elementos químicos, para torná-lo mais branco, evapora-se a água, são extraídas as impurezas e ficam os cristais: eis o ouro branco da língua. O açúcar, chamado outrora de Sal da Índia, região que o lançou ao mundo, já foi um produto de luxo, raro e de alto valor. Até a sua descoberta, adoçar a vida era privilégio do mel e da cana. Ao desembarcar na América, passou a ser produzido em larga escala e tornou-se acessível. Do antigo e longínquo Oriente até a sua próxima refeição, trilhou um caminho de sucesso, conquistou espaço em alimentos, dominou paladares, virou ícone de desejo e culpa.

Seu sucesso vem acompanhado de muita desinformação, um ídolo oculto muitas vezes, pois a maioria das pessoas apenas o associa a forma tradicional descrita, além de ser previsivelmente associado a doces e guloseimas. Ignorando, no entanto, inúmeros alimentos nos quais ele se esconde.
Você come um pedaço de torrada, Bebe leite puro e para finalizar sua refeição noturna, uma maçã. Em todos estes alimentos existe a presença de açúcar. A vida é bem mais doce do que se imagina. Formando por carboidratos, que são moléculas formadas por átomos de carbono, o açúcar está presente no nosso cotidiano em diversas formas, sejam nos cafezinhos, nos bolos, massas em geral, molhos de tomates, biscoitos, assim como os vegetais, frutas e legumes. E o consumo só vem aumentando nos últimos anos. Ou seja, o açúcar que ingerimos diariamente não provém apenas das colheradas do açucareiro ou dos chocolates/guloseimas. RECEBEMOS AÇÚCAR DA MAIOR PARTE DOS ALIMENTOS QUE INGERIMOS AO LONGO DO DIA.


Como cotidiano cada vez mais agitado da vida moderna, as pessoas dificilmente há tempo para checar os rótulos e embalagens a quantidade de açúcar que há naquele determinado alimento, e ao tentar verificar, é possível perceber que nem todos os produtos possuem essa informação, pois a lei só obriga a sua indicação no rótulo quando há uma declaração nutricional, como, por exemplo, a referência “sem açúcar”.
Segundo o “Guia alimentar para a população brasileira”, elaborado pelo Ministério da Saúde, Nas últimas décadas os brasileiros mudaram o seu padrão alimentar, tanto os que vivem nas cidades como aqueles de áreas rurais o consumo de frutas, legumes e verduras e elevados o de alimentos e bebidas com alto teor de gorduras e açucares e/ou sal e se distanciaram dos alimentos e refeições tradicionais brasileiros. Entre as características dessas mudanças alimentares em nosso país, está o aumento do consumo de biscoitos (bolachas salgadas, doces e recheadas); estes são produtos, em geral com elevado teor de gorduras trans e sal ou açúcar, portanto prejudiciais à saúde quando consumidos em grandes quantidades. Atenção especial também deve ser dada ao consumo de iogurtes e bebidas lácteas industrializadas com sabores e outros ingredientes, pois podem conter quantidade considerável de açúcar acrescentado durante a fabricação do produto.


SIMPLES VS COMPLEXOS
Açúcar é um carboidrato encontrado naturalmente em inúmeros alimentos frutas ou vegetais. São divididos em dois grupos:
Carboidrato Simples: São conhecidos com açúcares e existem de forma natural em muitos alimentos: no leite é a lactose, e sacarose da cana de açúcar ou beterraba, que é o açúcar branco. Chamam-se açúcares simples porque são compostos por cadeias muito pequenas que rapidamente são absorvidas.
Carboidrato Complexo: São compostos por cadeias longas, que precisam de mais tempo para ser digeridos. Os principais fornecedores de carboidratos complexos são os amidos, contidos na batata, pão, cereais e leguminosas. Esses alimentos são absorvidos lentamente e satisfazem o organismo durante mais tempo.
Os alimentos ricos em carboidratos produzem e energia necessária para o funcionamento do organismo de quase todos os seres vivos. E com a energia obtida dos carboidratos que temos energia para trabalhar, correr, andar, brincar e raciocinar. Além de ser importante para manter nossa temperatura estável. Por isso, os alimentos ricos em carboidratos são chamados alimentos combustíveis.
A glicose tem sua importância para o metabolismo, pois produz energia ao ser queimada. Quando são retiradas da garapa e do mascavo suas fibras, proteínas, sais minerais e vitaminas, restam apenas o carboidrato pobre, isolado – uma das razões pela qual alguns médicos acreditam que devemos considerar o açúcar um produto químico, e não exatamente um alimento.


CONHEÇA OS TIPOS DE AÇÚCAR:
Ø  Mascavo: com a coloração escura, não sofre refinamento e, por isso, mantém algumas
vitaminas e sais minerais.
Ø  Demerara: sem aditivos químicos. Por isso, seus grãos são amarelos e têm valores nutricionais altos, próximos aos do açúcar mascavo.
Ø  Orgânico: nenhum aditivo agrícola pode ser usado durante a sua produção. É mais caro, grosso e escuro que o refinado, mas adoça igualmente.
Ø  De confeiteiro: usado em doces e glacês. Passa por peneiragem, tomando a forma de mini cristais, e ganha espessura com a adição de amido de arroz.
Ø  Light: parte açúcar refinado, parte adoçante. Pode ser uma opção interessante para quem quer eliminar alguns quilinhos.
Ø  Refinado: o mais comum nas prateleiras. No refinamento, aditivos químicos como o enxofre torna o produto branco, mas sem vitaminas.
Ø  Frutose: extraída das frutas e do milho. É cerca de 30% mais doce que o açúcar comum, mas engorda sem oferecer uma vitamina sequer.
Ø  Mel: de consistência líquida e viscosa, o mel é mais doce do que o açúcar. Contém pequenas quantidades de alguns nutrientes.

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